Ninguém quer ser discriminado, ofendido, maltratado
simplesmente por ter convicções e crenças diferentes. Ninguém quer sofrer violência, agressão física ou verbal, ou até
morrer, só por pertencer a um determinado grupo. Ninguém quer ser rotulado,
ainda mais se este “rótulo” for pejorativo.
Preconceito é um juízo preconcebido, manifestado
geralmente na forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, lugares
ou tradições considerados diferentes ou estranhos. Costuma indicar
desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é
diferente.
Segundo o relatório 2012 – Liberdade Religiosa no Mundo, os
cristãos são os mais discriminados e perseguidos.
Grupos laicistas, predominantemente europeus, são uma ameaça à
livre expressão da fé. 75% dos atos de perseguição religiosa no mundo, são
contra os cristãos. Outra realidade revelada pelo relatório é a crescente
discriminação contra formas de celebrações e hábitos cristãos na Alemanha.
Uma mãe de 12 filhos foi encarcerada durante 43 dias por
recusar inscrever os filhos em aulas de educação sexual, que ela e o marido
consideravam indecentes. Violação de sepulturas, profanação de locais de culto
ou a destruição de crucifixos durante a visita de Bento XVI são exemplos da
intolerância. Foram ainda documentados ataques contra a comunidade judaica
na Alemanha, com tendência a aumentar.
Na Bélgica surgem propostas de projetos de Lei que dariam ao
Estado o poder de instituir uma “polícia de Consciência”, que interviria na
liberdade de culto. Na França foram registrados vários atentados à liberdade
religiosa contra cristãos, judeus e muçulmanos. No Brasil o preconceito ainda está no campo da injúria: Hoje,
o cristão, principalmente o evangélico, é rotulado de fanático, ignorante,
fraco, preconceituoso, homofóbico, ingênuo, louco, hipócrita, pobre, caipira,
burro, chato, estúpido. Com a explosão das redes sociais, cresce o preconceito
religioso contra o cristianismo, apesar de 88% dos brasileiros se declararem
cristãos.
Interessante notar que este novo ateísmo militante que usa
principalmente páginas sociais para disseminar o preconceito é formado
majoritariamente por adolescentes e jovens de até 20 anos. Apesar de os ateus alardearem que só querem defender seus
direitos, combater o preconceito e expressar suas opiniões, ( Segundo as
definições de estatuto e objetivos da ATEA - Associação Brasileira de
Ateus e Agnósticos) o que se vê em páginas ateístas são flagrantes de
desrespeito aos símbolos religiosos da forma mais vil e imoral possível.
Anúncio atéista preconceituoso insinua que quem crê em Deus é preguiçoso ou não gosta de trabalhar |
São criadas páginas com nome de “Jesus bêbado”, “Deus
maconheiro” e outras semelhantes, cujo único desígnio é ultrajar,
ridicularizar, ofender e ferir os objetos de culto, os símbolos religiosos e a
fé alheia. Uma conduta criminosa, uma vez que a Lei 7.716 de 05 de
janeiro de 1989, alterada pela Lei 9.459 de 13 de maio 1997 tipifica como
crime a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional, sendo a penalidade definida pelo artigo 140 do Código
Penal.
O Brasil é um Estado laico de direito, garantindo no artigo 5º
da Constituição Federal a liberdade de crença. O Estado não está “autorizado a
adotar uma religião oficial, nem impor qualquer crença, devendo respeitar e
tratar todos os indivíduos igualmente”.
Vale mencionar a invocação da proteção de Deus descrita no
preâmbulo da Constituição de 1988, com isso o Estado brasileiro não é
confessional, mas tampouco é ateu, a laicidade do Estado não significa
inimizade com a fé.
A liberdade de crença garante, especialmente, a participação
em atos litúrgicos que uma crença prescreve ou na qual encontra expressão. A
isso corresponde, no sentido oposto, a liberdade para não participar de atos
litúrgicos de crença não compartilhada. Essa liberdade refere-se, do mesmo
modo, aos símbolos por meio dos quais uma crença ou uma religião se apresenta,
portanto, atacar símbolos religiosos é ato de discriminação e injúria.
Então tanto ateus como cristãos, muçulmanos,
judeus, hindus, etc, têm os mesmos direitos e deveres, ambos têm sua
liberdade de consciência e de fé resguardados no mundo pela Declaração
Universal dos Direitos Humanos e no Brasil pela Constituição Federal. Devem
respeitar mutuamente suas crenças e convicções filosóficas, desde que não
atentem contra as liberdades do outro.
Devemos rechaçar toda forma de preconceito, principalmente
aquele que nós ainda temos, e não aceitar como normal que outras pessoas
sejam injuriadas, mesmo que sejam diferentes de nós. Não compactue com o
preconceito, a próxima vítima pode ser você!
"Primeiro levaram os comunistas
e eu não protestei -
porque não era comunista.
Daí levaram os socialistas
e eu não protestei -
porque não era socialista.
Depois foi a vez dos sindicalistas
e eu não protestei -
porque não era sindicalista.
Então levaram os judeus
e eu não protestei -
porque não era judeu.
Por fim levaram a mim
e não restou mais ninguém
pra protestar por mim.
Por: Martin Niemoller. Ministro Protestante e
sobrevivente de campo de concentração
Fonte: http://veritasetvitas.blogspot.com.br/
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